MUITO PRAZER,

Selfie no espelho do bar #quemnunca

Eu me chamo Ana Lúcia Araújo e, confesso, estava aqui lembrando como era, mais de 20 anos atrás, quando começávamos uma página na web. Ali a um clique do mouse podíamos criar uma nova identidade, um avatar, podíamos ser o melhor de nós mesmos. Mudou muito? Só in-ten-si-fi-cou.

Escrevi “a um clique do mouse” em 1996, no Caderno de Empregos, da Folha, para explicar sobre o que era ser webmaster e webdesigner, uma coisa bem século passado. Fiquei com aquela sensação de “ihhhh essa expressão vai pegar”. Pegou, pegou tanto, que nem vale mais a pena usar, a não ser para contextualizações históricas, claro.

Mas, aqui, sem mouse, a poucos toques de começar tudo de novo, vou me apresentar como sou hoje. Sou a última versão da Ana Lúcia Araújo que nasceu lá em abril de 1974, quando o Sol passava por Áries, exatamente ao meio-dia, em plena Sexta-Feira Santa. Era feriado. Era véspera de Páscoa, aquela conexão toda com morrer e ressuscitar. Pois ali, naquela primeira versão dessa minha vida, o tempo certamente era outro, offline, apegado a costumes e tradições que não sinto a menor saudade.

Aliás, essa sou eu em todas as versões, com zero saudosismo do passado. Eu sempre gostei de olhar para frente, carregando no coração os que amo e tentando ter companhias ao meu lado para seguir em frente. O futuro, a próxima inovação, o que tem de novo no cardápio, a nova tendência e a Bossa Nova sempre me ganharam. Tom Jobim dizia que o segredo para fazer sucesso no Brasil era escrever novo, por isso a Bossa é Nova. Posso ser a Ananova. Aliás Ananova foi o primeiro serviço de notícias pela internet, meio um broadcast. A Ana em questão virou até uma assistente pessoal do serviço, tem uns anos já isso.

E o que eu faço nessa minha nova versão? Eu sou uma mulher, adulta, que às vezes, como agora em que escrevo esse texto, pareço que estou falando de uma outra pessoa e não de mim mesma. Essa Ana aqui já passou por muitas histórias. Mas sigo carregando a alegria de ser mãe do João, de poder trabalhar com o que mais amo que é a comunicação e ter aos 47 anos de idade uma vontade sem fim de começar novos projetos. Eu amo um projeto novo. Tipo começo de namoro (bom, né?). E hoje tenho uns 768 em andamento. Alguns bem reais. Outros muito surreais.

Reorganizar esse espaço virtual pessoal é uma maneira de organizar minhas caixinhas internas e colocar todos esses projetos a um toque de quem pode se conectar com eles.

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